Niko Kovac: "Lutamos para encostar nas equipes líderes"

Dois dias antes da retomada da Ligue 1, Niko Kovac se apresentou pela primeira vez em coletiva de imprensa neste ano de 2021. Os monegascos esperam terminar a primeira parte da temporada da melhor maneira possível, contra o Angers, sábado no Stade Louis-II. Antes disso, teremos a viagem a Lorient na quarta-feira, em nome da 18ª rodada da Ligue 1.
Olá, Niko. O que podemos desejar a você e ao clube para este ano?
Eu diria, acima de tudo, boa saúde. Para o AS Monaco como um todo, com todas as pessoas que trabalham no clube. E, claro, para vocês e suas famílias nestes tempos difíceis. Acho que isso é o mais importante.
E o feedback dos jogadores lesionados até agora?
Os jogadores estão 100% preparados fisicamente, trabalharam bem durante as férias. Já os jogadores em recuperação tiveram uma boa semana de treinamento com o elenco. Benjamin Lecomte e Aleksandr Golovin ainda não estarão prontos para iniciar a partida contra o Lorient. Aleksandr perdeu quatro meses de competição, então temos que ser pacientes com ele, mesmo que ele esteja na equipe. Você tem que dar tempo para que ele volte aos poucos. Em relação a Benjamin, é um papel especial ser goleiro. Há uma rotina e sequências a serem encontradas. Amanhã haverá um treino, mas não acho que haverão novidades em Lorient.
Como você vê o retorno de Aleksandr Golovin?
Temos a oportunidade de ter várias possibilidades em cada posição. Estou muito feliz por Aleksandr estar de volta ao grupo. Acho que o melhor lugar dele é como um 10, e atualmente temos Wissam Ben Yedder e Kevin Volland nesse sistema de dois atacantes. Ficaria muito feliz em dar a ele alguns minutos de jogo para recuperar gradativamente seu ritmo, mas acima de tudo temos que ter bastante cuidado. Ele estará conosco mais uma vez em Lorient, e espero dar a ele a oportunidade de entrar.
Qual a sua opinião sobre a evolução do Sofiane Diop desde este verão, quando ele fazia parte da equipe B com Eliot Matazo, por exemplo?
Quando o vi no time B com Eliot, vi que eles estavam trabalhando muito duro. Tenho visto sua atitude e seu investimento dia após dia. Então, decidi colocá-los no elenco principal para recompensá-los e foi uma boa decisão, eu acho. O Sofiane está se desenvolvendo muito bem. Ele ainda tem progressos a fazer na parte defensiva, em particular. Ele está no caminho certo, deve continuar porque nem tudo está adquirido. Com a bola, ele está obviamente muito confortável. Estamos aqui para ajudá-lo a se desenvolver passo a passo.
Ele entende rapidamente o que você espera dele?
Em geral, quando você dá conselhos e orientações a um jogador, é gratificante ver que ele é receptivo. Sofiane é um cara bom que quer aprender, ele pede para ver as imagens de suas atuações. Ele sabe o que está fazendo certo e no que precisa trabalhar mais. Ele segue um processo, com altos e baixos, isso é normal. Ele tem apenas 21 anos e você verá que em dois ou três anos ele terá mais experiência e como crescerá como jogador. Eu mesmo quando tinha 18 anos passei por isso. Você não pode comprar experiência, ela é adquirida com o tempo.
O que esperar da janela de transferência de inverno?
Estamos felizes com o nosso time atual, mas como todos os clubes, estamos olhando para o que é possível no mercado. É o trabalho de Paul Mitchell e Laurence Stewart. No momento estamos felizes com a equipe que temos, mas estamos de olhos abertos. Não temos necessidades específicas como zagueiros ou meias. Aurélien e Youssouf estão fazendo um trabalho muito bom.
Como você analisa sua posição na classificação?
Concordo com a análise de Wissam de que foi um bom argumento contra o Saint-Étienne, já que terminamos com dez contra onze. Quando não se pode vencer, é preciso saber não perder, como diz o ditado. A relação entre atmosfera e resultados é um fator interessante. Quando os resultados aparecem, inevitavelmente, o clima acompanha. Atualmente estamos na 6ª colocação da Ligue 1, atrás dos melhores times do campeonato, então temos que lutar para encostar nesses times. Hoje temos que ser honestos, é difícil chegar ao nível deles. A realidade hoje é que estamos em sexto lugar, e aquele teto de vidro terá que ser quebrado.