UM 94: 'Todos unidos pelo clube'
Você pode nos falar sobre o começo do grupo “UM 94”?
“Inicialmente, foram os jovens de 14, 15 anos que fizeram a primeira faixa “Ultras Monaco” no Stade Louis II. Na época, isso foi teve muita repercussão. Eles sucederam um grupo chamado “Sconvolts”, que fazia belíssimas animações. Após alguns anos, eles começaram a serem levados a sério. 25 anos depois, ainda estamos aqui. É também uma prova de rigor e de trabalho diário.”
Como alguém se torna um ultra?
“Este ano, os novatos tiveram até setembro para se cadastrar e obter seu cartão de sócio. O que queremos são pessoas envolvidas, que conhecem o AS Monaco e que saibam que ser um torcedor significa muito. Queremos pessoas que façam o movimento avançar.”
Entre os membros do grupo, como se estabelece a comunicação?
“Em um ano, há três assembleias gerais. É uma maneira de todos nós nos encontrarmos, corrigir certas coisas. Nós nos encontramos regularmente nas reuniões. Também nos comunicamos em redes sociais, seja no Facebook ou no Twitter. ”
O AS Monaco é um dos clubes mais representados no exterior. Como você explica isso?
“Uma verdadeira mania foi criada durante a épica campanha europeia em 2003-2004 do AS Monaco. Em certo ponto, a descida do clube para a Ligue 2 também mexeu com isso. Os verdadeiros torcedores se uniram na esperança de ver os jogadores monegascos voltarem à elite. Houve um tremendo apoio durante esse tempo. Nós todos nos mobilizamos. Essas memórias criaram conexões. Hoje, ainda apoiamos o clube no exterior, isso não mudou.”
As viagens entre os torcedores são momentos de compartilhamento, festa… Vocês podem nos contar uma de suas melhores lembranças?
Thomas: “Para mim, foi a viagem para Auxerre em 2011. Em pleno mês de janeiro, nós fizemos o trajeto de ônibus, saindo de Mônaco. Uma atmosfera excepcional, uma grande diversão. Foi um dos meus melhores momentos no coletivo. A cidade e o estádio eram nossos naquele dia.”
Frédéric: “A viagem a Chelsea durante o jogo de volta da semifinal da Liga dos Campeões (5 de maio de 2004). Foi um momento especial, porque este jogo nos permitiu chegar à final. Para a torcida, foi a primeira grande viagem europeia. Muitos de nós estávamos festejando na cidade. Dentro do estádio, houve algumas tensões com a segurança, e um grupo de fãs, inclusive eu, foi forçado a deixar o Stamford Bridge. Fomos a um bar para assistir ao jogo. Apesar de termos passado apenas cinco minutos no estádio, todos pulavam de alegria. Nós nos classificamos, isso era o principal.”
Por ocasião desta partida contra o Olympique Lyonnais (no domingo), vocês comemorarão oficialmente seu 25º aniversário. Vocês podem nos contar sobre os preparativos para esta noite?
“Não não diremos tudo porque temos que manter um mínimo de surpresas (risos). Mas está planejado para nos encontrarmos em nosso lugar habitual, o dique. Haverá um concerto de rock, com um bar. Vamos tentar juntar todos. Sete ou oito ônibus de torcedores descerão de em todos lugares. No estádio, planejamos animações. Faz seis meses que estamos trabalhando neste evento. Às vezes noite e dia. Faremos o nosso melhor para que a festa seja a melhor possível.”
Como você vê o futuro do coletivo? Quais são os objetivos a longo prazo?
“Este movimento deve continuar avançando. Há vários anos temos sido bastante abertos. Os torcedores jogam o jogo e aproveitam nosso trabalho. Temos um relacionamento muito bom com os líderes. Em cada clube, há dificuldades, períodos menos fáceis de administrar do que outros. Mas nós colocamos essas coisas de lado. Estamos em uma boa dinâmica, isso é essencial. É necessário ser mobilizado e não esquecer os belos anos que conhecemos graças ao clube. Acima de tudo, devemos nos concentrar em nosso trabalho. Todos devem ir ao estádio, agitar a bandeira, cantar nas arquibancadas, festejar.”