Niko Kovac: “O jogo da ida foi um dos pontos da virada na nossa temporada”

Seis finais. O AS Mônaco tem seis finais pela frente na Ligue 1 – e possivelmente uma sétima na Copa da França – para confirmar definitivamente o time do principado na Europa na próxima temporada europeia, mesmo que não se saiba ainda em qual competição. Enquanto se espera saber quais as ambições do time de Niko Kovac, uma viagem para Gironde no domingo se aproxima. Após a vitória contra o Dijon (3-0) no último final de semana, é uma questão de não desperdiçar os esforços feitos para obter o mesmo resultado do jogo da ida (vitória por 4-0). Em todo caso, foi sobre esse novo desafio que o técnico monegasque falou em coletiva de imprensa nessa sexta-feira.
Olá Niko. Para começar, como está Cesc Fàbregas, que apresentou lesão contra o Dijon?
Ele está lesionado, mas não é uma lesão grave, eu não acho que é séria. Isso é uma boa notícia, e embora eu não possa prever o futuro, eu diria que ele vai estar de volta em duas semanas ou mais. Vi ele hoje, ele parece bem. Quanto ao resto do time, nesta manhã tive 22 jogadores mais os goleiros treinando. A equipe médica está fazendo um bom trabalho e eu quero agradecer a eles por isso. É muito raro, nessa altura da temporada, ter poucas lesões na equipe. Então, muito bem para todo o time.
O quarto lugar pode ser determinado esse final de semana dependendo de outros resultados…
Como eu disse antes, se o objetivo do quarto lugar for alcançado esse final de semana, eventualmente podemos olhar para outros objetivos. No momento minha equipe está em boa forma, estamos jogando agressivamente e muito bem, então vou dizer o que podemos esperar depois do jogo desse final de semana.
Você vai ter quatro viagens nos próximos seis jogos no campeonato. Isso é ou não uma desvantagem?
Veremos. Na primeira parte da temporada, talvez tenha sido uma desvantagem jogar fora de casa. Mas agora isso não é mais um problemas para nós, tivemos resultados muito bons desde o começo de 2021. Não vai ser fácil vencer em Bordeaux, comparando com a atual situação dos Les Girondins, vai ser o mesmo caso no próximo final de semana contra os Angers. Cabe a nós continuar com o bom momento e usar os mesmos ingredientes que usamos nas últimas viagens.
O jogo de ida e a vitória por 4 a 0 foram alguns dos pontos da virada na temporada, não?
Concordo, tiveram alguns eventos nessa temporada que mudaram totalmente o curso das coisas. O primeiro ponto da virada para mim foi o Lyon, porque perdemos, mas aprendemos muito com a derrota. Dei aos jogadores dois dias de folga para pensar em tudo. E então tivemos aqui a vitória sobre o Paris, que foi nosso primeiro jogo contra um time do top 5; também estou pensando na nossa vitória em casa sobre o Angers (3-0), quando começamos a jogar nesse sistema com três jogadores construindo de trás. Mas você está certo, o jogo da ida foi um ponto.
Wissam Ben Yedder tem sido decisivo como reserva nos últimos jogos…
Costumo dizer que como técnico eu gostaria de ser amigo de todos os jogadores, infelizmente isso é impossível. Preciso tomar decisões, e não é fácil sempre. Vi a estatística de que o Wissam é o primeiro jogador a marcar 2 gols consecutivos vindo do banco. Ele entrou para a história. Espero que isso vá continuar nos próximos seis jogos.
🎦⚽️ 𝚂𝚖𝚘𝚘𝚝𝚑 𝙲𝚊𝚙𝚝𝚊𝚒𝚗 @WissBenYedder 🤩
Une merveille de ballon piqué ✨#ASMDFCO pic.twitter.com/syPQs2iO22
— AS Monaco 🇲🇨 (@AS_Monaco) April 12, 2021
Qual sua opinião sobre a temporada de Kevin Volland com o benefício de um pouco mais de perspectiva?
Todo mundo tem a mesma opinião sobre ele, e é muito positiva. Ele certamente levou um mês ou dois para se adaptar ao novo campeonato. Ele é um jogador de equipe, que sempre marcou acima de 15 gols por temporada e que é um ótimo colega de time. Estou muito satisfeito com ele e com a atitude dele. Ele também está feliz aqui, eu acho.
🎦🔙 Les plus beaux buts de la saison de la 𝐃𝐞𝐮𝐭𝐬𝐜𝐡𝐞 𝐐𝐮𝐚𝐥𝐢𝐭𝐚̈𝐭 @KeVolland 💥 #REPEAT pic.twitter.com/bnRs7ayXA0
— AS Monaco 🇲🇨 (@AS_Monaco) March 28, 2021
Você pode falar mais sobre o papel do Robert, seu irmão?
Trabalhamos juntos, então tudo o que fazemos é por meio de conversa. Robert não é apenas meu irmão, ele é meu principal assistente e meu melhor amigo. Falamos sobre o que precisamos fazer nas bolas paradas, na escolha dos jogadores… Tudo passa por essas discussões, ele está envolvido em todas as decisões, mesmo que no final a minha palavra seja a final. No papel eu sou o número um, mas eu nos considero no mesmo nível. Além do mais, eu preciso conversar com ele sobre as bolas paradas de novo porque eles tem trabalhado com menos frequência nisso agora (risos).
Como estão Sofiane Diop e Ruben Aguilar, que saíram no intervalo contra o Dijon?
Estou feliz que eles estão de volta. A razão pela qual Ruben saiu no intervalo foi tática. Já mencionei isso. Tivemos de jogar diferente e reequilibrar o time. A respeito de Sofiane, ele não jogou em três jogos por conta de uma lesão na mão, então ele precisava de tempo para voltar, para encontrar ritmo. De qualquer forma, eles fizeram um bom trabalho nessa semana e eu gosto do fato de que há um tipo de continuidade dentro grupo. Vamos ter muitos jogos nas próximas semanas, então vamos precisar de todo mundo.